domingo, 10 de maio de 2009


A morte, para quem acredita na vida eterna ou não, é sempre uma fonte de dor e é por isso que é tão difícil falar nela...
Lembro-me da dor que senti quando o meu pai morreu...
Lembro-me da dor de ter de explicar ao meu filho de 5 anos, que adorava o avô, que ele tinha morrido...
Lembro-me que não precisei de dizer nada porque ele leu nos meus olhos ou na minha alma...
E murmurou...
"O Avô morreu..."
E eu, acenando afirmativamente com a cabeça, com as lágrimas a correr em fio, pensava como é que lhe ia explicar o "inexplicável"...como é que o Avô que ia para o Céu iria também para debaixo da terra...
E, sem eu ter de lhe dizer nada foi ele que me explicou...
"Eu sei como é mãe...Nós que estamos dentro de nós é que vamos para o céu..."
Desde esse momento, com essa explicação tão simples e tão sábia do meu filho de 5 anos, que sempre foi de uma sensibilidade maravilhosa, comecei a encarar estes momentos de uma forma mais serena que transmito às minhas crianças.

3 comentários:

  1. Que bela definição!!!
    Alguem disse um dia que "Deus escolhe os que mais ama" e dá-lhes uma sensibilidade especial. São esses os anjos, que às vezes, porque também nós somos amados com amor especial, temos a sorte de tocar, de conhecer e de poder amar.
    hoje penso em ti de uma forma especial.
    Luz

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  2. Minha querida um enome beijinho de alguém que sabe bem o que isso é.
    Isabel.

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  3. Um tema difícil para nós, adultos, mas que se pode tornar fácil quando explicado pelas crianças...
    Já tive a experiência da morte da mãe de uma das "minhas crianças" (4 anos) dois dias antes do Dia da Mãe.
    Quando regressou à escola e esteve pronto para falar do assunto explicou-me: eu vou levar a prenda para casa, mas já não vou a dar à minha mãe, porque ela já não precisa (era um cestinho para pôr guardanapos), vou deixá-lo lá em casa, na cozinha. A mãe agora só gosta de flores.

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